Saturday, August 25, 2007

RENOVEMOS NOSSA MENTE

Olá amigos.
Não tenho cumprido com a função deste blog, mas depois que eu comecei a trabalhar e a faculdade voltou também, não tenho tido vontade de ficar na frente do computador digitando.
Sei que estou errado, mas vou tentar me redimir e vir uma vez por semana.
Fica aí uma mensagem de Pedro de Camargo.
Espero que apreciem.
Que Jesus nos abençoe.


RENOVEMOS NOSSA MENTE

"O homem bom tira coisas
boas do bom tesouro de
seu coraçâo; e o ho­mem mau tira coisas
más do mau te­souro de seu coração." (Evangelho.)

Coração, no caso vertente, não é o órgão que exerce as funções de uma bomba impelindo o sangue na irrigação geral do nosso corpo.

Trata-se da natureza dos pensamentos e dos sentimentos que nosso espírito irradia, isto é: do estado de nassa mente; das visões, das imagens que cria e desenvolve; do modo e da maneira com e ela discerne e ajuíza de tudo que vemos, de tudo o que cai sob o domínio da nossa percepção.

Da boa ou má função da mente depende a boa má direção que tomamos no caminho da vida; o bom ou mau juízo que emitimos a propósito de todas as coisas; os bons ou os maus atos que praticamos.

Os nossos destinos estão na dependência direta nossa mente: serão fatalmente o que ela deter­minar que sejam. O primeiro passo, portanto, a dar, na obra de nossa salvação, deve constar do estudo meticuloso da nossa mente. Que espécie de pensa­mentos engendramos? Que gênero de visões e de imagens nossa mente se compraz em acalentar? Como costumamos julgar os atos dos nossos seme­lhantes? Que juízo fazemos de Deus e de sua jus­tiça, do amor e do dever? Que é que de preferência nos afeta mais profundamente? Em suma, qual o nosso ideal?

Tal é, em resumo, o problema da vida. Nada conseguiremos no sentido de nossa melhoria e de nosso progresso, sob qualquer aspecto, enquanto não prestarmos acurada atenção às condições de nossa mente. Não haverá reforma possível em nosso ca­ráter, sem que previamente se tenha verificado uma mudança em nossa mente.

O grande Paulo, profundo conhecedor da psico­logia da evolução espiritual, assim escrevia aos ro­manos: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sa­crifício vivo, santo e agradável a Deus; pois em tal importa o culto racional; e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que saibais qual é a boa, agra­dável e perfeita vontade de Deus."

A doutrina de Paulo é, portanto, a reprodução da de Jesus. Paulo empregou a palavra mente, e Jesus usou o termo coração.

A fonte de todo o bem é por sua vez a fonte de todo o mal. É do coração ou da mente que pro­cedem os pensamentos pecaminosos, o orgulho, o ódio, a inveja, o ciúme, as contendas, o dolo, a cor­rupção, a avareza. Da mesma sorte, é do coração, é da mente que afloram os ideais puros e elevados, a palavra convincente e sincera, a virtude enfim sob os vários aspectos em que ela se desdobra.

A obra de nossa redenção depende, em síntese, da reforma de nossos corações, ou, na palavra de Paulo, da renovação da nossa mente. Devemos, pois, cultivá-la, extirpando dela todas as formas de egoís­mo, para dar lugar à frutificação das múltiplas mo­dalidades do amor. Tudo o mais que se pretenda fazer, fora desse trabalho de auto-educação da men­te, não passa de um erro religioso, e de uma su­perstição.

Pedro de Camargo (Vinícius)