Wednesday, September 22, 2010

NO CAMINHO DA CRUZ

Auta de Souza

Alma irmã, fatigada e dolorida,
Traze ao Calvário a cruz que te aguilhoa
E, buscando Jesus, ama e perdoa,
Entre as pedras e as sombras da subida.

Embora fustigada e incompreendida,
Guarda a humildade valorosa e boa
E conserva por rútila coroa
A fé que te enriquece o amor e a vida.

Pés sangrando na senda em que te esmagas,
Louva a aflição e o fel das próprias chagas,
Sob o guante da dor que te governa!...
E, alcançando o Senhor, que em Luz se exprime,
Desferirás teu vôo alto e sublime
Para os sóis imortais da Vida Eterna.

Fonte: Do Livro “Seguindo Juntos” Francisco Cândido Xavier/Espíritos Diversos

Tuesday, September 21, 2010

A Menina e a Rosa

A Menina e A Rosa

A menina sorridente corria
Pelos campos, em flor, da primavera
Onde brotava a cada novo dia
As flores mais belas desta esfera

Ela se inebriava com o perfume,
Jamais tinha visto tanta beleza
Pensava a pequena: “Nisto se resume
Toda a magia da natureza”

E neste estado de contemplação
A jovenzinha observa fascinada,
Era somente um pequeno botão
Mas a enchia de alegria inesperada

Ali estava a coisa mais perfeita
De todo aquele imenso jardim
Ainda não era flor já feita
Mas era sublime mesmo assim
apagar

Aquela pequena rosa a encantava
Como flor nenhuma o fazia
O vento batia e o sol iluminava
O tempo passava e ela não via

Com um brilho místico no olhar
A petiz parecia hipnotizada
Nada a fazia seguir ou recuar
Ela permanecia ali, simplesmente parada

Não ouvia nem os passos de quem chegava
Mansamente, como com medo de assustá-la
Afagando sua cabeleira que esvoaçava
Ao vento que parecia acariciá-la

Foi então que a pequenina despertou
Do estado onírico em que se encontrava
E só então olhou para que a tocou
Reparando no senhor que a observava

A menina ainda extasiada
Perguntou se ele era o jardineiro
Dizendo ter ficado apaixonada
Pela rosa daquele canteiro

O homem, bondoso, respondeu que era
O jardineiro dali e de todo lugar
E que também estava à espera
De ver o botão enfim florear
apagar

– Essa, diz o trabalhador do pomar,
É chamada de rosa da caridade,
E aquele que a vê florejar
Já adentrou no Reino da Verdade

E tem por missão a todos ajudar
Onde quer que haja sofrimento
Lembrando-se sempre deste lugar
Quando a dor lhe martirizar o pensamento

A menina a tudo ouvia atenta
Maravilhada daquelas lições
Quando uma torpeza suave e lenta
A arranca de suas meditações

Levando a pequena a despertar
Em sua cama, seu quarto, sua casa
Chorando, de alegria ou de pesar
Pois era só sonho, mais nada

Mas para seu espanto e contentamento
Viu ao seu lado uma rosa azulada
E um bilhete que terminava dizendo
“Ama, minha filha, tu és abençoada

Guia teus irmãos com carinho
Mostra-lhes a verdade e a luz
Segue em frente o teu caminho
Nada temas, confia em mim, eu sou Jesus”

By Me

Friday, September 17, 2010

Página de Gratidão

Agradeço, alma querida e boa,
A presença e o carinho
Com que vens partilhar a festa da amizade,
Espargindo esperança ao longo do caminho.
 
Sei que deixastes obrigações ao longe
Para colaborar
No alívio aos companheiros que carregam
Solidão, abandono, infortúnio, pesar...
 
Trocaste as horas de refazimento,
De alegria e lazer,
Para aceitar conosco o amparo aos semelhantes
Por sublime dever.
 
A ternura fraterna que nos trazes
Lembra clarão de renascente aurora,
Dissipando, de chofre, a sombra que domina,
A dor que se tresmalha e a penúria que chora.
 
Pôs mais rebusque o mundo das palavras,
Não consigo compor
A frase que enalteça ou que defina
O teu gesto de amor.
 
Por isso, digo apenas,
Ante a luz da oração que nos bendiz:
- Deus te guarde, alma irmã, Deus te compense,
Deus te faça feliz!...

Meimei - Psicografia de Chico Xavier