Friday, April 27, 2007

Oração do Instrutor Gúbio

Meus amigos e meus irmãos, venho mais uma vez até este humilde recanto de comentários de cunho espiritual, não para passar a vocês algo de minha autoria, não desta vez, mas para transcrever algo que me emocionou muitíssimo.
Este ano eu me predispus a ler a obra de André Luiz e atualmente estou lendo o livro Libertação. Pois bem, hoje, sexta-feira, cheguei da Escola Jesus Cristo mas havia faltado luz em minha casa. Velas para todos os lados, resolvi sentar e ler com o auxílio delas mesmo. Coloquei três delas na mesa do meu quarto e sentei para ler.
Em determinado momento cheguei à oração do Instrutor Gúbio, emocionando-me quase ás lágrimas, devido às circunstancia em que ele a fez. Abaixo a redijo.
Que a Paz de Cristo esteja sempre convosco. Um abraço carinhoso a todos.

Senhor Jesus!
Nosso Divino Amigo... Há sempre quem peça pelos perseguidos, mas raros se lembram de auxiliar os perseguidores!
Em toda parte ouvimos rogativas em benefício dos que obedecem, entretanto é difícil surpreendermos uma súplica em favor dos que administram.
Há muitos que rogam pelos fracos, para que sejam, a tempo, socorridos; no entanto, raríssimos corações imploram concurso divino para os fortes, a fim de que sejam conduzidos.
Senhor, Tua justiça não falha. Conheces aquele que fere e aquele que é ferido. Não julgas pelo padrão de nossos desejos caprichosos, porque o Teu amor é perfeito e infinito...
Nunca Te inclinaste tão somente para os cegos, doentes e desalentados da sorte, porque amparas, na hora justa, os que causam a cegueira, a enfermidade e o desânimo...
Se salvas, em verdade, as vítimas do mal, buscas, igualmente, os pecadores, os infiéis, e os injustos. Não menoscabaste a jactância dos doutores e conversaste amorosamente com eles no templo de Jerusalém. Não condenaste os afortunados e, sim abençoaste-lhes as obras úteis.
Em casa de Simão, o fariseu orgulhoso, não desprezaste a mulher transviada, ajudaste-a com fraternas mãos. Não desamparaste os malfeitores, aceitaste a companhia de dois ladrões, no dia da cruz.
Se tu, Mestre, o Mensageiro Imaculado, assim procedeste na Terra, quem somos nós, Espíritos endividados, para maldiçoarmo-nos, uns aos outros?
Acende em nós a claridade dum entendimento novo! Auxilia-nos a interpretar as dores do próximo por nossas próprias dores. Quando atormentados, faze-nos sentir as dificuldades daqueles que nos atormentam, para que saibamos vencer os obstáculos em Teu nome.
Misericordioso amigo, não nos deixes sem rumo, relegados à limitação dos nossos próprios sentimentos... Acrescenta-nos a fé vacilante, descortina-nos as raízes comuns da vida, a fim de compreendermos, finalmente, que somos irmãos uns dos outros. Ensina-nos que não existe outra lei, fora do sacrifício, que nos possa facultar o anelado crescimento para os mundos divinos.
Impele-nos à compreensão do drama redentor a que nos achamos vinculados. Ajuda-nos a converter o ódio em amor, porque não sabemos, em nossa condição de inferioridade, senão transformar o amor em ódio, quando os Teus desígnios se modificam, a nosso respeito. Temos o coração chagado e os pés feridos na longa marcha, através das incompreensões que nos são próprias, e a nossa mente, por isto, aspira ao clima da verdadeira paz, com a mesma aflição por que o viajor extenuado no deserto anseia por água pura.
Senhor, infunde-nos o dom de nos ampararmos mutuamente.Beneficiaste os que não creram em Ti, protegeste os que Te não compreenderam, ressurgiste para os discípulos que Te fugiram, legaste o tesouro do conhecimento divino aos que Te crucificaram e esqueceram...
Por que razão nós outros, míseros vermes do lodo ante uma estrela celeste, quando comparados contigo, recearíamos estender dadivosas mãos aos que nos não entendem ainda?
É para eles, Senhor, para os que repousam aqui, em densas sombras, que Te suplicamos a bênção! Desata-os, Mestre da caridade e da compaixão, liberta-os para que se equilibrem e se reconheçam...
Ajuda-os a se aprimorarem nas emoções do amor santificante, olvidando as paixões inferiores para sempre. Possam eles sentir-Te o desvelado carinho, porque também Te amam, e Te buscam inconscientemente, embora permaneçam supliciados no vale fundo de sentimentos escuros e degradantes...

(Oração do Instrutor Gúbio. Páginas 153 a 156)

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